Confrontados com a actual realidade, não é difícil
deixarmos de imaginar que tipo de futuro, e que concretização efectiva de
trabalho poderemos esperar.
Poderia
fazer o fatídico discurso da escassez de trabalho, do futuro incerto, da fuga
dos “cérebros” para o estrangeiro, das críticas ao sistema político e das
dificuldades dos jovens no mercado de trabalho, etc… Na realidade, somos todos
os dias “bombardeados” com notícias que profetizam um futuro negro, sombrio,
sem um “plano Marshall” à vista, sem um Keynes visionário, apenas é-nos
apresentado um amontoado de incertezas e uma série de previsões apocalípticas,
para a economia e para as empresas…
Na realidade, ficamos demasiado tempo retidos
no problema, o que nos impede de prosseguir e avançar…
Pessoas,
como o professor Muhamed Yunus, que aperfeiçoou o modelo do Microcrédito na
Índia, sendo o mesmo adoptado por muitos bancos em todo o Mundo, é um óptimo
exemplo, que o NÃO conformismo com a realidade pode estar ao alcance de um só
indíviduo. O mesmo poderá se dizer de Galileu Galilei, de Cristovão Colombo, de
Martin Luther King, de Thomas Edison, de Steve Jobs, etc, etc… a História está
recheada de exemplos de indivíduos que não se resignaram ao primeiro falhanço,
que continuaram a acreditar apesar das circunstâncias, que deram um salto de Fé
para além do estabelecido…
Enquanto
jovens, não será da nossa responsabilidade esta mesma atitude resiliente?
-Não
digo que iremos todos mudar o Mundo, mas acredito que estará em pequenos passos
que cada um de nós pode tomar!
-Ter
brilho e rigor nos desafios a que se propõe; procurar sempre superar-se; ter a
humildade de aprender e a coragem de errar… Na realidade, resumir-se-à a princípios
sólidos de educação e de disciplina, aliados ao conhecimento.
Porquê
esperar um caminho facilitado? Onde a educação é “patrocinada pelos pais e pelo
Estado”, onde temos sempre de exigir um Estado Social que supra todas as nossas
necessidades, onde reclamamos por não ter subsídios, por não ter bolsas, por
não ter o telemóvel de ultima geração…
Habituarmo-nos
a estar de mão estendida, não será exactamente o oposto ao princípio dos 90% de
transpiração?
Nunca
como agora, tivemos tantas ferramentas tecnológicas à nossa disposição! Estamos
ainda no inicío de uma Era tecnológica, da qual as empresas tiram cada vez mais
partido. São estas que têm vindo a crescer nos mercados, que conseguem se
adaptar, dado o seu sistema aberto e flexível, o seu cariz mais orgânico
permite os indivíduos mostrarem o seu lado criativo, tendo assim a
possibilidade efectiva de dar o seu contributo e poder trabalhar para
resultados visíveis.
Também
nós enquanto futuros ou actuais gestores, temos esta responsabilidade de saber gerir,
incentivar, cultivar um espírito de equipa, optimizar os recursos, delegar,
manter a ética na gestão, seleccionar os melhores, dar o nosso contributo,
“vestindo a camisola” da nossa organização.
O
mercado não tem espaço para gestores mediocres, que visam apenas subir no seu
escalão e usufruir de um upgrade no seu rendimento…
Temos
a responsabilidade de nos superar, de exigir primeiramente o melhor de cada um
de nós, enquanto profissionais!
Só
posso assim voltar à questão inicial…
Poderá
cada um de nós, dizer em consciência se está a ser suficientemente inconformado?
Meu artigo publicado na revista "Psicologia na Actualidade" (Edição de Julho 2012)
Meu artigo publicado na revista "Psicologia na Actualidade" (Edição de Julho 2012)
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